domingo, 20 de abril de 2008

A Nau das Vagabundas

Enquanto um colega programa um livro sério e de acordo com seu perfil, sobre os idos tempos escolares, euzinho, o Poeta do Absurdo e da Lascívia, Senhos das Infâmias e Lorde das Indecências, nada mais poderia imaginar, no quixotesto alter-ego que delineei na farsa desafiante de conhecer meu real eu, que o encanto das promessas falsas do conhecimento pretenso de todas as supostas inconsequências verborreicas e graforrágicas apresentadas. Assim, eis que se me delineou a obra, máxima do abjeto prazer incontido no sublimar de nossas mentes, que cínicas, renegam o que todos pensam, a amoralidade que pontua nossos recantos mentais mais indignos, portanto, sinceros.
Torna-se mister dessa obra e sua confecção uma síntese da trama, com enredo ambientado e com fortes cenas de despudor e descabido deboche do que somos e da realidade em que vivemos.
Somos, nós, os verdadeiros personagens dessa obra, tão real, pois somos nós mesmos aqueles que riem da desgraça social e econômica que elegemos e sustentamos.
Recuperando o tempo não perdido, mas desviado, eis-me cá no apelo de suas imaginações. Pensem, sem medo de federem, o que podem contribuir.
Essa abóbora é mais que uma excepta capivarolesca, mas uma apoteose do que somos.
Assim, em paralelo ao que está sendo feito, estamos esboçando as primeiras linhas de uma obra-prima da sátira, da farsa, um folhetim moderno mas que atemporal, sempre retratou a tragicomédia brasileira.
Um estilo mais que próprio e pessoal, uma soma, uma mistura, o balanceamento de nós, de uma lista de discussão, que mais que a soma das partes, gera um todo que ultrapassa o mero valor de suas parcelas, quando encarado de frente o resultado deste obscuro resultado.
Vamos em frente. Estamos aqui para ser o que somos, sem medo de sermos felizes.
E, como diria uma grande amigo, “estamos aqui para o que der e vier, dando principal ênfase a quem vier e der”.

[12 de abril de 2008]

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